terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Cameloturgia: apresentação

A pesquisa propõe discutir através da vivência com a arte de rua da “Será O Benidito?! Cia. de Teatro, Circo e Rua”, uma manifestação artística que apresenta aspectos de uma teatralidade que é ao mesmo tempo marcada pela territorialidade, identidade e tradição; como também se elabora por meio de uma ação móvel, fluida e desterritorializada, atravessada pela urbanidade nas grandes metrópoles, denominada aqui de “Cameloturgia”

O objetivo desta pesquisa é da contextualização da idéia de uma estética diferenciada sobre uma possivel dramaturgia da arte de rua. Serão desenvolvidas reflexões sobre o fazer, a maneira de criação e montagem, apresentando uma linguagem estética de cena, com base no camelô de rua e na dramaturgia popular. Além passar pela história da arte de rua e das feiras relacionando a cameloturgia a tradição milenar de passar o “Chapéu”.  

A partir da compreensão e aprofundamento desse tema, daremos inicio ao trabalho de montagem de um novo espetaculo solo da companhia, que utilizará o oralidade e a teatralidade da cameloturgia. Construindo assim um trabalho com base na dramaturgia fragmentada, improviso e comicidade dos camelos e dos artistas populares. Sendo assim, um espetáculo de caráter performático e que repoduz um ambiente capaz de promover encontros de sutilezas e sinceridades, o roteiro elege a performance como mediador artístico que viabiliza sensorialmente aguçar a curiosidade dos que passam e provocar a participação direta do publico que tornam-se autores de fatos e atos de sua dimensão cotidiana reconstruído assim uma nova ordem a cada apresentação.

Essa pesquisa será retroalimentada pelo pensar e pelo fazer, no pesquisar e no realizar a ideia do Cameloturgo como o dramaturgo das suas historias e de sua arte/produto e assim como os eternos e atraentes bordões que soam pelas praça, calçadas ecoar essa idéia por todas as cidades brasileiras.
                                    “Moça bonita não paga, mas também não leva”
“Oh freguesa, aqui é barato o marido da barata”
“Ei, psiu...pega no melão que aqui ele tá bom”