No último domingo, dia 13/02, fizemos uma caminhada pelos trilhos da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (Porto Velho-RO).
Saímos da Praça às 9:30 da manhã e a primeira parada foi logo ali perto: no Galpão da estação, onde estão depositados muitos vagões, máquinas e peças de ferro que um dia já foram úteis à EFMM. Foi interessante reparar na cenografia existente naquele lugar, visto com outros olhos. Seguimos em frente e nos deparamos com uma parte dos trilhos que flutuava no ar: um pedaço da rua tinha desabado e só sobraram os trilhos, ligando um lado ao outro. Para atravessar, tivemos que usar os pequenos barcos que cobravam R$2,00 pela travessia, e é assim que os moradores do local conseguem se locomover do centro da cidade até suas casas.
O caminho era longo, e sempre pelos trilhos, fomos observando tudo à nossa volta e guardando nossas impressões pessoais. Passamos por muitas casinhas de madeira e conversamos com alguns de seus moradores. Vimos também alguns vagões da EFMM abandonados no meio do caminho (e do mato).
Uma figura importante que conhecemos foi o Sr. Carol Oeto Demiy, que foi Maquinista da Madeira-Mamoré e mora até hoje numa casinha verde à beira dos trilhos. Combinamos de fazermos uma visita e conversar com ele com mais calma. Com certeza tem muita história pra contar e vai enriquecer a pesquisa!
Mais um pouco de caminhada e chegamos ao Cemitério da Candelária, onde estão sepultados uma parte dos trabalhadores da ferrovia.
Foi uma caminhada de pouco mais de 3 horas. Nos próximos posts vamos colocando mais fotos, vídeos e as impressões de cada um sobre este dia!
Praça da Estrada de Ferro Madeira Mamoré
Galpão
Trilhos sobre o rio
Sr. Demiy, ex-maquinista da Madeira-Mamoré
Um comentário:
Quando cursei o 3º ano do ensino médio na escola Tiradentes, fizemos uma visita ao cemitério tabem. Fomos a pé para sertirmos na pele e tentar imaginar o quanto era sofrido aquela trajetória e o que os trabalhadores sentiram na época.Quando chegamos lá, nos deparamos com aquele cáos, simplemente tudo esquecido e abandonado, aquele cemitério que guardou e guarda tanta história, tantos mistérios simplesmente esquecidos, a nossa fonte histórica que Rondonia teve, os trabalhadores que suaram tanto para contruir uma estrada de ferro que hoje nem se quer olhamos para ela, nem a utilizamos, e que hoje esta tabem esquecida pela prefeitura, os governadores e a sociedade em geral. O que me deixa mais horrorizada é saber que os nossos representantes são daqui de Rondonia e nem se quer pesam em manter o nosso patrionio historico, o que poderia seria ser orgulho nosso para nossos filhos e netos e sucessores. Peço desculpa em nome da população de Porto Velho, em nome dos nossos representantes e em geral por ter esquecido daqueles que um dia lutaram, sofreram e morreram aqui. E sinto uma terrivel tristeza por aqueles que dizem que são Rondonienses e que nada fazem pelo nosso estado, pela nossa historia, pois devemos nos mover para correr atras de nosso direitos e ter uma cidade mais bonita e representável. O que mostrar aos turistas quando vem conhecer Porto Velho? Entulhos e lixos? Devemos nos mover para aquilo que nos convém, e não o que é mera asneira. Majorem Beleza, 20 anos.
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